28 de fevereiro de 2011

O Amor Líquido de Bauman

Outro dia tava tentando mudar o foco das minhas leituras e pensei o que de fato vinha me interessando nos últimos meses... Algo sobre o que pudesse conhecer mais, além das observações pouco intencionais que costumo fazer no meu dia a dia e das experiências vividas ou discutidas nos grupos de amigos. Os relacionamentos humanos e principalmente os amorosos, tem me surpreendido na forma como estão ocorrendo nos dias de hoje. Não tenho mais do que 33 anos vividos lenta e intensamente, mas as mudanças que tenho percebido desde a minha adolescência até hoje me parecem bastante representativas. Penso que a idade que temos e as experiências que cada momento da vida nos permite podem e devem ser complementadas pelas histórias familiares e pela compreensão daqueles que viveram mais do que nós, e que possam nos trazer uma visão particular dos fenômenos pelos quais nos interessamos.
Foi então que veio a vontade de ler um livro que há muito já ouvia  falar: Amor Líquido de Zigmunt Bauman. Mais do que um estudioso dos fenômenos sociológicos, um observador das relações humanas. E isso me interessou demais... A proposta de apresentar uma maneira de pensar a "fragilidade dos vínculos humanos, o sentimento de insegurança que ela inspira e os desejos conflitantes (estimulados por tal sentimento) de apertar os laços e ao mesmo tempo mantê-los frouxos" (Bauman, p. 8), combinava direitinho com o que vem me inquietando nos últimos meses (e quem sabe alguns anos...). O amor líquido de Bauman me fez refletir sobre tudo aquilo que vemos, mas de algum modo não percebemos em sua magnitude... A leitura desse livro trouxe uma visão especial sobre a fragilidade dos laços afetivos humanos e uma vontade de discutir sobre o que pensamos e como agimos nessas situações cotidianas...

Sem a intenção do certo ou do errado e muito menos de encontrar respostas para essas inquietações, esse blog tem a intenção de ser um espaço para a troca de idéias, pensamentos, experiências e tudo mais que mexa com a nossas relações humanas, masculinas ou femininas...